quarta-feira, janeiro 31

Ref #026
autor: Helena Meireles
INDISPONÍVEL
Ref #025
autor: Helena Meireles
se estás interessado neste objecto helenasmei@gmail.com
Ref #024
autor: Helena Meireles
INDISPONÍVEL
Ref #023
autor: Helena Meireles
se estás interessado neste objecto helenasmei@gmail.com
Ref #022
autor: Helena Meireles
INDISPONÍVEL
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autor: Helena Meireles
INDISPONÍVEL
Ref #020
autor: Helena Meireles
se estás interessado neste objecto helenasmei@gmail.com

Ref #019
autor: Helena Meireles
INDISPONÍVEL

terça-feira, janeiro 30

What are we doing to Nature?

Each ton of recycled paper avoids the cut of 15 to 20 trees. Reduces 70% of contamination of the atmosphere. Spends less 35% of water and 64% of energy. The paper recycling promotes the protection of the natural resources. By using recycled material, we avoid the advancing destruction of our planet, the extinction of several species and we preserve the quality of our future.

quinta-feira, janeiro 25

Ref #018
autor: Helena Meireles
se estás interessado neste objecto helenasmei@gmail.com
Ref #017
autor: Helena Meireles
se estás interessado neste objecto helenasmei@gmail.com
Ref #016
autor: Helena Meireles
VENDIDO

domingo, janeiro 21

Ref #014

Ref#015
VENDIDO

Ref #015
autor: Fernanda Veiga
dimensões: 22x12.5 cm
se estás interessado neste objecto helenasmei@gmail.com

(Ref#010; Ref#011; Ref#012; Ref#013)
autor: Fernanda Veiga
dimensões: 11x14 cm
se estiveres interessado neste objecto helenasmei@gmail.com

terça-feira, janeiro 16

Quiz

é para medir a nossa pegada na terra!!! muito interessante...

http://www.myfootprint.org/

entrevista com Ross Lovegrove

is there anything that you are afraid of regarding the future?
it is a bit like boiling the frog at the moment, something is bubbling on the surface.we don't get a big picture. we live in these big cites where food is delivered to our door and everything else is there for us. I don't think that we fully understand the implications of CO2 emissions, population growth and resource draw-downs.the issue of china becoming a consumerist nation. there are some really big things on the horizon that will eclipse the facile, superficial debate going on at the moment about aesthetics. there is an amazing potential for the industries, brands to engage in something that is way much more global and human in the bigger debate. there is more opportunity and business to be made joining this front rather than going against the grain of human needs. if you see something designed, for example by dieter rams, you might say 'that's restrained' and 'quiet' and 'calm', but it's a complete misnomer to think that only things which are linear and of a particular scale are modest . an egg chair by arne jacobsen, which is completely organic is very modest. so, we as people need to understand that by jumping into the world of form you can reduce mass and material but still create something that has more a 'joy of existence'(that relates to every question that you have asked me -what women wear, music, everything).

domingo, janeiro 14

Fibra de bambu e resina vegetal transformam-se em "plástico verde"

Engenheiros do Instituto de Tecnologia Industrial Aichi, trabalhando em conjunto com a empresa Mitsubishi Motors, ambos no Japão, desenvolveram um novo material para utilização no interior de automóveis, que já foi batizado de "plástico verde".
O novo material utiliza uma resina à base de plantas, o sucinato de polibutileno (PBS), combinado com fibras de bambu. Ele será utilizado para a construção do interior de um carro-conceito a ser lançado pela Mitsubishi em 2007.
A idéia por trás da pesquisa é a substituição de resinas à base de petróleo e madeiras nobres por materiais renováveis, feitos à base de plantas de rápido crescimento.
O PBS, o principal componente do novo material, é uma resina de origem vegetal, composta principalmente de ácido sucínico e 1,4-butanediol. O ácido sucínico pode ser produzido a partir da fermentação do açúcar extraído da cana-de-açúcar ou do milho. A adição das fibras de bambu aumenta a rigidez do material.
Segundo cálculos dos cientistas, o novo material representa uma redução de 50% na emissão de CO2 em comparação com a fabricação do interior de automóveis à base de polipropileno, o polímero à base de petróleo mais utilizado. Em comparação com as madeiras tradicionais, a emissão de compostos orgânicos voláteis é reduzida em 85%.
autor: Ana Costa
Ref#009
VENDIDO

autor: Graça Matos
Ref#008
altura: 30 cm
se estás interessado nesta boneca helenasmei@gmail.com





autor: Graça Matos
Ref#007
altura: 30 cm
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autor: Graça Matos
Ref#006
altura: 30 cm
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autor: Graça Matos
Ref#005
VENDIDA
autor: Graça Matos
Ref#004
altura: 30 cm
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sábado, janeiro 13

autor: Graça Matos
Ref#oo3
VENDIDA


autor: Graça Matos
Ref#002
VENDIDA
autor: Graça Matos
Ref#001
VENDIDA

quarta-feira, janeiro 10

Uma forma de trabalhar

Refazer tradições, criar objectos, formando personalidades. Estas são as premissas de educação escolhidas na transmissão de conhecimentos pela educadora Graça Matos há mais de 10 anos.

A teoria dos 3 Rs é ensinada e utilizada na prática tornando o contacto directo com esta forma de trabalhar uma realidade enraizada na formação de crianças entre os 3 e os 5 anos tornando possível desenvolver nelas, de uma forma natural e espontânea uma consciência crítica, sendo este um auxílio ao próprio desenvolvimento enquanto ser humano.

Deste trabalho têm florido muitas provas significativas entre exposições, concursos e objectos de muitas categorias, como as bonecas de trapos que aqui apresentamos.

terça-feira, janeiro 9

Directamente do México


Esta é a participação de um amigo do México, o Paco, que nos conta o seu testemunho. Este é um projecto em desenvolvimento que promete dar frutos...



«Podes acreditar que existe um pais abençoado pela natureza, com qualidades e riquezas imensas, recursos em quantidade e qualidade, e habitado por um povo cheio de raça, alegria, e vontade de superação, mas onde muitos deles estão afundados na pobreza total?

Uma longa história de dominação e exploração, e uma mistura de acontecimentos tem marcado demais um povo como o meu, o povo mexicano. A mentalidade do mexicano tem a costume de se auto-proclamar vítima dos fatos históricos, cheia de sofrimento e dor, e acostumada a não fazer muito para resolver os seus problemas, esperando que mais alguém faça o necessário para eles saírem adiante sem tentar um esforço maior. Se a isso, somarmos o fato de que a exploração continuar a ser real, as oportunidades não aparecem, e as forças do capital fazerem que, dia com dia, mais mexicanos se vejam forçados a abandonar o país na procura de melhores oportunidades nos EUA (principalmente), temos que a realidade e o futuro do país estejam muito comprometidos.

Na verdade, a responsabilidade do desenvolvimento do nosso país é responsabilidade não só das autoridades, ou de alguns actores que ficam longe das raízes dos problemas... Nós, como parte da comunidade, temos a responsabilidade de aportar o que esteja nas nossas mãos para levantar um país digno e justo, do qual fiquemos orgulhosos, e sobretudo, onde as oportunidades para viver com qualidade respondam às necessidades da natureza humana. Onde posamos todos crescer com as garantias básicas de vida que devem ser fornecidas para que nosso desenvolvimento como país seja óptimo.

Assim, como jovens mexicanos preocupados pelo desenvolvimento do país e das comunidades, temos formado um projecto que tenta combater a pobreza e fornecer oportunidades à gente que precisa de uma pequena ajuda para vislumbrar que um futuro melhor é possível na sua vida.

Um Teto para México (Un Techo para México, em espanhol), é um programa focalizado na construção de vivendas básicas em comunidades marginais. A importância do projecto radica no pretexto da "casa" para promover o desenvolvimento das comunidades apoiando-se no trabalho solidário, a ajuda mútua e o esforço compartido: no processo, participam directamente as famílias a ser beneficiadas, os voluntários que lideram as acções, e constroem as vivendas, o sector privado que faz gestão e aporta recursos, e os meios de comunicação, que difundem o trabalho, fornecem evidencia e fazem questão da pobreza tão extrema existente no México.

Nós queremos contribuir para a construção de um México justo e livre, no qual a pobreza seja abatida na base do trabalho conjunto entre os diferentes atores sociais do país, com ideias e trabalho desinteressado por parte dos jovens e as comunidades. A meta, que é propor alternativas para bater na pobreza, pode ser atingida com a ideia básica de que juntos, estudantes, órgãos civis, empresários, media, governo e sociedade civil, consigamos trabalhar para melhorar a qualidade de vida dos mexicanos que não têm as mesmas oportunidades. Cremos que, apoiando o desenvolvimento comunitário, e acrescentando o factores de segurança e felicidade na vida destas pessoas, a procura de bem estar para eles e sua comunidade será maior e mais eficiente.

Um Teto para México é uma proposta de solução real e imediata ao problema da falta de vivendas para as pessoas de extrema pobreza do país. Não é só um trabalho de caridade, é um esforço para desenvolver o país desde sua célula mais doente, desde o centro mesmo da pobreza, promovendo a ajuda mutua e o esforço compartido. Dentre seus objectivos, além dos já ditos, estão também a promoção do trabalho entre voluntários de acordo aos valores fundamentais de trabalho em equipa, austeridade, criatividade, diversidade, respeito pela natureza, equidade de géneros e raças, coerência, transparência e alegria, deixando de fora a discriminação étnica, religiosa, política ou de qualquer tipo.

Agora, se bem que o projecto é interessante na questão social, a questão do design também conta com um papel muito importante nesta acção de procura do bem-estar comunitário. A construção de casas ajuda, mas não é uma solução que, por si, vá criar o sentido da comunidade, nem a eliminação da pobreza. É preciso considerar que o desenvolvimento comunitário, ao fazer parte duma trama social, tem que ser projectado e visualizado como centro de convivência social, e é onde o design é necessário, para fornecer a disposição dos assentamentos, a criação de espaços públicos e semi-urbanizados, os protótipos de vivenda concordantes com o entorno natural, a escolha de materiais, o enfoque ao desenvolvimento sustentável, e muitos conceitos que tomam em conta o funcionamento da maquinaria social como um sistema complexo, onde cada um dos seus componentes é vital para o correcto funcionamento do resto do sistema. Não pretendemos promover assentamentos irregulares, nem construir sem noção do futuro: Queremos evitar que as cidades continuem a crescer alastradas e sem conectividade social. Queremos que as nossas cidades, as nossas comunidades, apreciem e gozem da vitalidade social e urbana, que o habitante trabalhe e desenhe seu próprio espaço, que os usos mistos e a mobilidade dos habitantes sejam os que dirijam o crescimento, duma maneira inteligente e controlada.

Até ao momento, temos feitas dez campanhas de construção em Guadalajara, Querétaro, Colima e El Oro, construindo 66 casas, e beneficiando a um número igual de famílias, movimentando quase 600 jovens voluntários, e com um investimento próximo aos $64,000 USD. É claro que isto não é suficiente, e que se realmente queremos fazer algo para mudar o país, falta muito trabalho. A intenção é crescer no maior número de cidades possível, movimentar muito mais jovens voluntários, e acrescentar consciência do poder social na maioria dos mexicanos. Ainda falta muito, mas, só com saber que tens mais uma família que, apoiada neste projecto, vai lutar para ter una melhor vida para eles, seus filhos e sua comunidade, dá para saber que o esforço vale a pena.»

Podes encontrar mais informação em http://www.techos.org (em espanhol)

quinta-feira, janeiro 4

Um Conto "Simplesmente Diferente"

Questiono! Mas será que devia questionar?
Sinto uma agradável sensação…! É como se cada raio dominasse cada poro da minha pele…
O tempo vai passando… Há medida que vai passando, a sua intensidade aumenta e é tão intenso, tão intenso… que ultrapassa as fronteiras das minhas curvas!
Deixo-me ser levada por esta magia!
Pouco a pouco, levanto a cabeça e paro. Fecho os olhos e sinto uma primorosa brisa refrescar meu rosto.
Fico ali a desfrutar daquele momento… A Primavera voltou.
- Pum… pum… pum!!
- De onde será que vem este barulho? Ah… é verdade! Hoje é sexta-feira, devem ser os feirantes a desmontar as tendas. - Concluí, em vez de verificar o que estava a acontecer na realidade.
Naquele momento, tudo poderia suceder que eu não me levantava, queria apenas desfrutar daquele sol cintilante.
Sem me mover, fecho os olhos novamente.
Já não sinto o mesmo deslumbramento… O momento foi quebrado!
Aborrecida com o sucedido, levanto-me. Apoio as mãos na varanda e verifico que o meu pensamento estava correcto – são os feirantes. Alguns ainda têm as tendas montadas, por isso, aproveito a ocasião e desço para ir comprar algumas frutas.
- Bom dia.
- Bom dia, menina! O que deseja?
- Quero 1kg de morangos.
- Oh, menina! Não quer levar só este restinho? Faço-lhe mais barato.
- Pode ser. Já agora, pese também aquelas 5 laranjas.
Enquanto atende ao meu pedido…
- Aaiii…! Estou mesmo estafada destas andanças… Acordei às 4 da manhã e ontem deitei-me às 11 da noite. Sabe menina, estive a ajudar o meu Manel a carregar o camião. Veja lá, só dormimos 5 horas e, quando aqui chegámos, começámos logo a montar a barraca e a tirar todas as caixas de fruta. O pior é que fazemos isto várias vezes na semana – carregar e descarregar caixas pesadíssimas! Os meus ossos já estão todos moídos. É assim a minha vida…! Aqui está.
- Obrigada.
- Obrigada eu! Até para a semana.
Realmente, que vida! Nunca comprei nada a esta senhora e, nem por isso, ela deixou de me dizer “Até para a semana”, como se eu fosse uma cliente assídua. Deve ser uma forma agradável de demonstrar que gostaria que eu fosse sua freguesa. – Penso.
Volto para o prédio e reparo num aviso que está colado na porta.
“Caros vizinhos: Venho por este meio comunicar que hoje, dia 7, sexta-feira, pelas 15h, vou iniciar obras no meu apartamento. Desde já, peço desculpas pelo incómodo que poderei causar. Assinado Sr. Jacinto.”
Que sorte a minha… Hoje deve ser o “Dia Mundial do Aborrecimento”! Não podia ser pior! Este senhor é meu vizinho do andar de cima. Vai ser bonito!...
Volto para casa, arrumo as coisas e faço calmamente o almoço.
- Trum! Trum! Pumm!
- Já começou?! Pensei que ainda era cedo! Nem dei conta das horas passarem! Vou terminar as minhas tarefas domésticas para depois tomar um banho e sair.
E assim foi. Tomei banho e saí.
Ao sair do prédio, qual não foi o meu espanto ao ver um grupo de quatro rapazes a pegarem num sofá que estava junto ao caixote do lixo. Deve ser o antigo sofá do senhor Jacinto. – Concluo.
- O que será que eles vão fazer com aquilo? – Interrogo-me.
Como não tenho nada em concreto para fazer, decido segui-los. Estou mesmo interessada nesta história!
Há medida que os vou perseguindo, tento esconder-me para não ser vista. Acho que eles não gostariam de saber que alguém está a importuná-los.
As roupas que eles trazem vestidas são assim um bocadinho…, não sei bem como descreve-las! Assim um pouco… mal tratadas! Ou melhor, têm um aspecto descuidado, muito largas com algumas pequenas aberturas. – Olho mais atentamente. – O corte de cabelo daquele rapaz é ligeiramente comprido… Engraçado, os quatro têm o mesmo corte.
Entretanto, param em frente a um edifício enorme, uma espécie de armazém com aspecto abandonado, e entram.
- Esta agora?!!! … Não percebo nada! – Penso, enquanto fico ali a decidir o que fazer. – Entro… ou não entro…?! Entro! Não entro! Entro, senão nunca ficarei a perceber este caso.
- Boa tarde!
- Boa tarde! – Respondem todos ao mesmo tempo.
- Moro nesta cidade há já algum tempo. Por mais incrível que vos possa parecer, nunca tinha passado por aqui. Hoje passei e, este edifício despertou-me alguma curiosidade! Por isso é que decidi entrar. – Tento justificar-me.
Não me parece que eles estejam a acreditar lá muito no que digo, ou melhor, nem sequer dão muita importância à minha explicação! Não é de todo verdade, é certo mas… que eu nunca tinha passado por ali, ai isso não tinha!
Fico ali no meio parada sem saber mais o que dizer. - Que situação tão constrangedora!
Finalmente, um deles dirige-se a mim e diz:
- Podes sentar-te.
Sento-me e ele começa a explicar-me tudo aquilo.
- Somos um grupo que, sem qualquer ligação familiar, decidimos, espontaneamente, partilhar este sítio.
- Ah! Uma espécie de tribo.
- Sim, é mais ou menos isso! O espaço pode ser habitado por qualquer um, desde que tenha os mesmos princípios aqui estabelecidos. O importante é sentirmo-nos bem! Sem preocupações, onde a convivência, a criatividade e o prazer são as palavras-chave para esta forma de habitar. Somos um “conjunto de individualidades”, desprovido do conceito de materialidade, que transfigura o dia-a-dia numa arte de viver, contra qualquer tipo de consumo.
- Como é que isso é possível?! Vocês são contra consumismo mas, na realidade, sobrevivem dele.
- Não, claro que não!
- Ai não? Então donde veio este sofá? … E estes pneus onde estou sentada?
- Por sermos contra, só nos resta dar uma nova vida a cada objecto, numa altura que, supostamente, não teriam qualquer utilidade! Já que não conseguimos mudar a mentalidade da sociedade, apropriamo-nos e reutilizamos das coisas.
- Não deixas de ter razão! … De qualquer forma, o meu raciocínio está correcto. Tenta acompanhar: As pessoas se não mudassem de sofá, tu não poderias reutilizá-lo, pois, neste momento, ainda estaria na casa do antigo dono.
- Siiiim, tens alguma razão! E… quanto aos pneus?
- Bem, em relação aos pneus, a história é diferente… mas não sei se poderemos considerar consumo, porque quando estão “carecas” és obrigado a trocá-los para a tua própria segurança.
- É verdade, mas não te esqueças que o que faz com que haja muitos pneus é o exagero de carros que se compra neste país.
- Sim, isso também é verdade! Mas seguindo o meu raciocínio, os pneus, isso já considero reciclagem.
- Claro! Estas a ver aquela espreguiçadeira.
- Sim.
- Fui eu que fiz. Transformei pequenos pedaços de câmaras-de-ar em módulos geométricos e depois cosi-os com fio de pesca. Aqueles jornais, esses que estão atrás de ti, foi o João que os colou na parede e essas latas ficaram aí desde a primeira festa que houve aqui.
- É muito estranho!?
- O quê?
- Esta forma de habitar! Definitivamente, não percebo!...
Não deixa de ser interessante, mas estranha!











O conto “simplesmente diferente” retrata a questão do reaproveitamento dos desperdícios/ lixos. Esta é uma história vivida por nós cada dia. Vejam como é fácil criar um alfinete a partir de uma meia velha...






Este é o trabalho da designer anacosta057@gmail.com

Fazer é o objectivo

Criar objectos pode não ser adicionar mais e mais tralha ao mundo. Transformar é a palavra-chave, criar objectos novos a partir de objectos já existentes ou dar-lhes utilidades diferentes parece estar na base da nossa criação.
Acrescentamos a faceta lúdica à criação e associamos várias formas de arte. As palavras dão significado aos objectos e os objectos ganham valor afectivo. Este é um começo, uma sugestão para todos. É legitimo transformar e o papel de designer cabe a todos.

terça-feira, janeiro 2

Inspiração Campana


Partindo de duas premissas do trabalho dos Campana: manufactura e a característica identidade visual, pretendia-se a criação de um objecto luminoso que reflicta a imagem Campana.

Etapa 1: pesquisa de materiais a reutilizar compatíveis com o aquecimento da lâmpada (várias possibilidades).

Etapa 2: definição do objecto com os princípios formais.

Etapa 3: concepção.

Objectivo: apenas com objectos existentes em casa tirar partido da construção do objecto, criando laços de pertença com ele. Recolha e construção.

Sendo um re-design de um objecto dos irmãos Campana, ele tem que ser caracterizado pela cor e pela boa disposição. A escolha das rolhas, pela sua forma circular, aproxima o re-design do próprio sofá sushi.
A fase de concepção do objecto revelou-se bastante interessante na qual o sentimento de pertença aumentou, criando a relação objecto – utilizador.
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(se estás interessado neste objecto helenasmei@gmail.com)

Um novo rumo para o design

“O enjoo provocado pela produção em massa do capitalismo moderno obrigava a novas soluções. Há uma nova consciência de que o consumidor também tem alguma coisa a dizer sobre as coisas que povoam o seu dia-a-dia e que está autorizado a transformar uma garrafa de plástico numa jarra de flores.”1
“Um bom design não é uma resposta neutra à solicitação de um cliente: é essencialmente uma crítica ao conteúdo para o qual foi produzido.”2 O designer já não é simplesmente um criador de objectos, tornou-se numa personalidade com grande responsabilidade cultural. As suas criações não são de todo inocentes, transmitindo valores e ideias tornam-se em designers de atitudes, de formas de estar.

“Torna-se necessário acentuar que a cultura do consumo significa mais do que o simples consumo (Featherstone, 1991) e que o interesse que este desperta é societal e historicamente universal. Contudo, numa cultura do consumo, os objectos consumidos assumem um valor simbólico e não apenas material. Este aspecto surge em sociedades em que os grupos poderosos, geralmente os que procuram acumular capital, encorajam os consumidores a “quererem” mais do que aquilo que “necessitam”. Na verdade, esses grupos vão procurar confundir o significado destes dois termos. Numa cultura de consumo, esta torna-se a principal forma de auto-afirmação e a mais importante fonte de identidade, implicando que tanto os bens materiais como os não materiais, incluindo o parentesco, o afecto, a arte e o intelecto, se tornam mercadorias, isto é, o respectivo valor é avaliado mais pelo contexto em que decorre a sua troca do que por aquele em que são produzidos ou utilizados.”3 É aqui que a responsabilidade e as convicções do designer entram na sua actividade. Elas vão delinear os objectivos da criação, definindo-a como vazia ou intencional. Se por um lado o designer é livre de exercer a sua profissão, por outro lado ele faz parte de um estrato da sociedade que o seu trabalho é uma base transportadora de valores e ideias estreitamente relacionadas com a sua cultura de projecto.

O próprio consumidor assume o papel de designer – o Prosumidor (Alvin Toffler) querendo ter a palavra final nos produtos que consome, criando assim com eles uma nova dimensão afectiva, valorizando-os. O Prosumidor está presente no mercado desde o ténis ao automóvel e encontra-se em ‘vias de expansão’; difundindo-se esta ideia todos nós podemos ser designers. A nossa cultura projectual é todo o conhecimento lato, sem metodologia definida, dando prioridade à componente prática.

“The British Council has started an iniciative to strengthen the links between Brazil and London through this cooperative, allowing at the same time, an opportunity for a more diversified dialogue between the north and the south that can enrich both. Bringing local values and forms into ‘global’ products and servicies is one of the most sensitive áreas in design, and where designers can provide a valuable service. Transnacional companies, such as Microsoft, have faced many problems in various Markets because of the lack of understanding of the local culture.”4

“Thus, it is imperative that designers understand the consequences of their work in the larger system, beyond that of its immediate context. The actions and outcomes of the sum of the design practices –whether real or virtual, whether local or global- are shaping our globe, and are setting the conditions for new paradigms not only in the material world, but also in the social, economical, cultural and political landscapes. Therefore, the new challenge for designers comprehends: 1) a systems thinking approach, 2) the ability to synthesise –in contrast to simplify-, 3) the capacity to make appropriate judgements, and 4) a stronger ethical model.”5

[1] ‘Parem as máquinas’ – Telma Miguel, Única, Expresso nº 1616, 18 de Outubro de 2003.
[2] Arc Design nº 46.
[3] Waters, M., Globalização, Celta Editora, Oeiras, 2002.
[4] Paula Bello de Aranaga, Goodscapes, 4ª Conferência Internacional em História do Design e Estudos de Design, Guadalajara, México.
[5] Paula Bello de Aranaga, Goodscapes, 4ª Conferência Internacional em História do Design e Estudos de Design, Guadalajara, México.

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